A acne é, sem dúvidas, uma das reclamações mais comuns em qualquer consultório de dermatologia e clínica de estética. O combate a acne é muito buscado pois é um problema extremamente comum e incômodo.
E engana-se quem pensa que é um problema exclusivo dos adolescentes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 56% dos adultos têm algum grau de acne e se incomodam com ela. Confira um Guia da Acne para saber mais!
O que é a acne
A acne é um problema de pele que atinge as glândulas sebáceas da pele, que produzem sebo em excesso e ficam inflamadas quando esse sebo não consegue ser expelido, causando as espinhas.
É considerada uma doença, pois além das questões estéticas, também deixa a pele mais sensível e muito inflamada.
A pele, que é o maior órgão do ser humano, tem a função de proteger o corpo contra microrganismos que podem causar inflamação. E acne, por si só, é uma inflamação da barreira cutânea.
Apesar das espinhas externas serem o sinal mais conhecido, as espinhas internas, pequenos caroços pelo rosto. Até os cravos também são considerados acnes, pois indicam a produção excessiva de sebo sob a pele.
Tipos de acne
Nem toda acne é igual e cada pessoa acaba desenvolvendo inflamações diferentes pela barreira cutânea. Por isso, pode ser divida entre diferentes tipos, sendo os mais comuns:
- acne comedonal: também conhecida como acne não inflamatória, é caracterizada por cravos e espinhas fechadas ou abertas;
- acne inflamatória: é a mais conhecida, também chamada de acne vulgar. Caracterizada pelas pústulas, nódulos e cistos vermelhos e inflamados (espinhas internas e externas).
- acne da rosácea: caracterizada por vermelhidão, inchaço e espinhas no rosto e pode ser agravada por alimentos picantes, álcool, calor e luz solar intensa.
Graus da Acne
Além dos tipos de acnes, também é possível defini-las de acordo com o grau de inflamação. Como vimos, o tipo mais comum é a vulgar, que causa inflamações e lesões pelo rosto.
Porém, nem toda inflamação é grande e perceptível, enquanto para outras pessoas, pode causar até dor e desconforto ao toque.
Avaliar qual o grau é o primeiro ponto para entender como fazer o combate e quais os tratamentos disponíveis para tratar o problema.
Existem quatro graus de acne, que são usados para classificar a gravidade da condição. São eles:
- Grau 1: é o grau mais leve de acne, caracterizado por cravos e espinhas pequenas e superficiais. Normalmente, não há inflamação ou vermelhidão envolvidas.
- Grau 2: nesta fase, há uma quantidade maior de comedões e lesões inflamadas, como pápulas e pústulas. Essas lesões podem ser mais vermelhas e dolorosas do que as da acne comedonal.
- Grau 3: nesta fase, as lesões se aprofundam na pele e podem ser mais dolorosas e maiores do que na acne papulopustulosa. Nódulos firmes e cistos podem se desenvolver sob a pele, e pode haver inflamação significativa.
- Grau 4: é o grau mais grave de acne, caracterizado por lesões grandes, profundas, dolorosas e inflamadas, como nódulos e cistos.
Todos os tipos e graus da acne podem aparecer tanto no rosto quanto no corpo, além de poderem ser causadas por motivos diferentes.
Principais causas da acne
A acne é considerada uma doença multifatorial. Ou seja, não existe uma única razão para que o problema apareça. Por isso, quem sofre com acnes na vida adulta precisa levar em consideração diferentes pontos para entender o que pode estar gerando aquilo.
As principais causas para o surgimento das acnes
- Produção excessiva de óleo pela pele: a produção excessiva de óleo ou sebo pela pele pode obstruir os folículos capilares, levando à formação de comedões (cravos). Essa produção excessiva também é multifatorial, desde hormônios até uso de medicamentos;
- Bactérias: as bactérias Propionibacterium acnes, que normalmente vivem na pele, podem proliferar nos comedões e desencadear uma resposta inflamatória, resultando em espinhas e lesões inflamadas;
- Hormônios: as mudanças hormonais, como aquelas que ocorrem durante a puberdade, menstruação, gravidez e menopausa, podem estimular a produção de óleo e contribuir para o desenvolvimento;
- Genética: a predisposição genética pode aumentar a probabilidade de desenvolver acne, assim como de ter uma pele mais oleosa, por exemplo;
- Fatores ambientais: a exposição à poluição, produtos químicos e sujeira podem irritar a pele e piorar a situação;
- Uso de produtos inadequados: usar o sabonete ou hidratante errado para o seu tipo de pele pode acabar piorando a oleosidade e levar ao surgimento de acnes pela obstrução dos poros.
Como vimos, uma das causas principais da acne são os hormônios. É exatamente por isso que a adolescência é conhecida por ser a “fase das espinhas”. Esse é o momento em que os hormônios começam a aumentar no corpo e podem ficar desregulados.
Com isso, a pele produz sebo em excesso e as inflamações acontecem com muito mais frequência.
Porém, a desregulação dos hormônios também pode ser a causa da acne adulta. Por isso, é sempre importante ter acompanhamento com endócrino para entender a regulação dos hormônios em seu corpo.
Outro fator que precisa sempre ser levado em consideração é a genética. Muitas pessoas têm uma tendência de acne maior do que outras e, por isso, têm peles mais oleosas, por exemplo.
Tratamentos para acne
Sendo uma doença multifatorial, o tratamento também é bastante variado dependendo do tipo, grau e suas causas.
De maneira geral, os graus mais baixos são mais fáceis de serem tratados. Geralmente é feito com uso tópico de produtos de cuidados para a pele. Porém, essa atenção precisa ser contínua.
No caso de graus mais altos, os tratamentos geralmente são feitos com uma combinação de produtos de skincare e medicamentos.
Contam com um prazo determinado de tratamento, pois os medicamentos podem alterar outras funções do organismo.
Tratamentos combinados
De maneira geral, os tratamentos contra acne são uma combinação entre os produtos tópicos para skincare e medicação, para os graus mais graves. Por isso a importância de procurar um médico dermatologista ou profissional de estética.
Além disso, os procedimentos estéticos como limpeza de pele e peeling também podem ajudar a combater e diminuir a quantidade, principalmente para casos mais leves.
Ou seja, cuidar da pele é imprescindível independente do grau e para manter a saúde da pele é preciso ter uma rotina de cuidados diária. Mas, lembre-se de procurar um dermatologista em casos mais graves!
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